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Rosademesinha é uma flor silvestre, mas muito delicada, e sensivel, nome que uma amiga minha me deu, achei interessante, titular meu blogs com este nome, que no fundo diz de mim o que na verdade sou. Campesina, Delicada, Sentimental, Sensivel.
Que partindo’’ ficaram…
Florbela Espanca,
Na minha rua, na tua, na de todos, mora Florbela porque ela vive nas ruas, nas casas, nos corações, de quem a entende como mulher, como Poetisa do amor.
Esse Xaile de Florbela, que algumas vezes usei, declamando a minha Poesia, deixou em meus ombros, o seu perfume que jamais me deixará enquanto eu viva.
Obrigada Otelo Espanca meu amigo, descansa em Paz.
Natália Correia
Na minha Sala, não fuma, porque ela respeita minha alergia ao fumo, no entanto sua alma de Poetisa destemida elevando a sua voz ao mundo, serpenteia na minha Sala, na minha Poesia, no meu jeito de sentir, e dizer.
Fernando Pessoa
Em pessoa, passeia na minha rua, em todas as ruas desta velhinha Lisboa, que ele amou e teima em não deixar, os seus passos ainda se ouvem, descendo a rua Nova do Almada, em direcção ao Martinho da Arcada, onde entra diariamente.
Depois de dois dedos de conversa, percorre a sua amada Lisboa, senta-se à porta da Brasileira antes de regressar a casa…
E é ali, que me sento a seu lado, que trocamos palavras sobre quem somos, como somos, como sentimos a nossa Poesia.
Ary dos Santos
Sem Santo ser, nos diz como só ele sabe dizer, o sentimento que lhe escorre na veia, em arrebatada força, gritando ao mundo, a força da vida, numa arrepiante verdade, chamando as coisas pelos nomes, sem pudor, sem peneiras, sem vaidade…
António Aleixo
Tu representas a dor, a revolta, dum Povo que foi teu, é meu, e de todos os Portugueses que se sentem injustiçados.
Tu continuas sendo a alma dum Povo Luso que se revê em cada palavra dos Poetas Populares, que contam cantando as vidas vividas, em cada quadra, em cada estrofe da verdadeira Poesia que lhe corre na veia, e assim continuas vivo na Terra, na Pele, na Alma,na Poesia dos Poetas do nosso País do nosso Portugal...
Rosa Guerreiro Dias
12-12-2012
O ABRAÇO ETERNO
Na inferioridade da Terra
Sem serem plantadas
Surgiram raízes embaraçadas
Que aos poucos se estendiam
Por aqui, por além
E a terra sorria
E aos poucos se abria
Pois ia ser mãe
E um tronco aqui
E outro mais ali
Cresciam brincando
Falando entre si
Duas pequenas Árvores
De aspecto franzino
Sem esperança de vida
Cresciam sem tento
Ao sabor do vento
Mas de apertados laços
Sem nenhum lamento
Rebentaram braços
Que pariram ramadas
Serrando fileiras
E eram felizes
Felizes e belas
Grandes e fortes
As Árvores sombreiras
Mas um certo dia
Em que o Homem passa
Prende o seu olhar
Na força e na graça
Das Árvores de raça...
O Homem
Pôs-se a pensar
Logo idealiza
E em voz alta diz
Eu vou separá-las
E bem no meio delas
Perto da raiz
Junto ao coração
Irá passar gente
Animais e carros
Sobre o alcatrão…
E hoje
Apesar da dor
Em que a Árvore vive
E deste seu inferno
As raízes se enlaçam
As ramadas se abraçam
Num abraço eterno…
Rosa Guerreiro Dias
21-3-2015